quinta-feira, 10 de março de 2011

Parece que preciso escrever

Parece que preciso escrever. Algo que perfura meu sonho real. Parece que um arco sem cor se forma entre o que penso e o que desejo. Preciso escrever, mais, mais, até que os versos sejam livros, até que a vida toda já tenha passado despercebida, entre as brincadeiras sérias de uma alma distraída. Parece que se repete o estreito desatino das coisas, que nos porta, em clausura, ao mundo colorido dos plásticos. Parece-me tão volúvel tudo isso, esta idéia de sermos algo palpável. Parece que tudo é estagnado e constante, mas a ave pousa, canta e depois voa, enquanto meus olhos choram e meu corpo fala ao solo suas preces esquecidas. Parece que fui aos poucos pelo mar azul escuro das histórias de piratas, noturno, cega sereia no abismo das sensações. Parece real, como parte de uma viva consciência, de um costume divino impertinente e autoritário. Parece destino, consumo, dado arbítrio, insensatez dos anjos. Deixem a pedra ser grão! Não quero sonhar os sonhos seus...

3 comentários:

  1. “Parece-me tão volúvel tudo isso, esta idéia de sermos algo palpável.”
    “Parece destino, consumo, dado arbítrio, insensatez dos anjos. Deixem a pedra ser grão!”
    “Não quero sonhar os sonhos seus...”

    Eu adoraria sonhar sonhos seus, meu adorado poetaanjonaalma...
    E vivam las floripöndios, que plantei por todo o quintal, circundando a casa, elas sáo cães de guarda do astral.

    Além de perfumosas como tua alma linda que eu louvo todo santo dia.

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  2. Deixa-te parecer tão soluvel , esta história de ser gente!!
    Seja sempre teu fluido quente , tua lábia certeira,uma clareira em meio a escuridão!!
    Que tua verbalização sentimental , continue oceano limpido e profundo...
    Sorte em cada passo , certeza em todas as direções!!
    Bjo
    Ric

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  3. Hey, poeta!!! Quando retornarás com tua poesia?

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