Estou cantando
e o canto faz palavras.
Não o tanto que a mente encanta,
mas o canto mesmo
e mais nada.
Estou cantando e assim escrevo.
Cada nota transpõe uma sílaba,
cada sílaba parada
é do esforço do canto
quando ele toca o ar.
Canto assim e a poesia venta,
as folhas balançam,
a borboleta voa,
a brisa bate e sustenta.
O instante se faz presente...
É o canto que canta,
Apenas o escuto baixinho
no meu centro,
Em meio a fogueira de antes de ontem,
um lápis que esqueci no canto da gaveta,
um trem vermelho que agora passa
entre o osso e a pele,
Aqui dentro.
Finalmente tirastes o lápis da gaveta e devolvestes ao mundo o poeta!
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