segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Para o poema


Para o poema é preciso estar no eterno, mesmo que seja um lapso, como se palavras viessem do infinito. Para o poema é preciso atenção sonhadora, criadora de mundos que evolui idéias. Para o poema é preciso não ser algo físico, algo individual. É necessário ir-se como alma pura, algodoar o corpo em dança e movimentos. Para o poema tudo que é vivo desaparece e tudo o que se foi do universo retorna. Nem o verso, nem o lápis nem o lábio que expõe a palavra se entrega no poema, ele é onipresente e de ninguém.

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